Ondina Silveira Ferreira nasceu em Araraquara, São Paulo, dia 15 de fevereiro de 1909. Em 1930 iniciou suas atividades de escritora. Em 1937 casou-se com o jornalista carioca Mário Ferreira, secretário da revista da Semana na qual Ondina passou a colaborar.
O primeiro livro de Ondina Ferreira foi o romance Outros dias virão, 1943, chegando a produzir mais de vinte obras. Foi também contista e escreveu peças de teatro. Fez parte do grupo literário da primeira metade do século XX que escrevia o romance tradicional onde mostrava a complexidade social e os desacertos entre a escritora e o meio ambiente onde vive. Denuncia, em sua obra, a hipocrisia existente na sociedade moderna que vivia de aparências e superficialidade.
Suas obras privilegiam a mulher de sua época que era escrava do lar e transgride os limites impostos pela sociedade desde a profissão, seja no lado amoroso e desvenda o tabu do sexo que deveria ser assumido mesmo fora do casamento. Como conseq?ência passou por frustrações existenciais e vivia em silêncio e solidão.
Ao longo de sua carreira Ondina recebeu vários prêmios por sua obra, entre eles o Prêmio Alcàntara Machado da Academia Paulista de Letras, Prêmio Romance-Pen Clube, Prêmio José Ermírio de Moraes do Pen-Clube de São Paulo.
Foi excelente tradutora de romances da língua francesa e inglesa e traduziu autores difíceis como Guy de Maupassant, Turgueniev, Balzac, Alexandre Dumas, Collete e outros.
Obras da autora:
Romance: Outros dias virão, 1943; Inquietação, 1945; E ele te dominará, 1944; Vento da esperança, 1947; Navio ancorado, 1948; Casa de pedra, 1952; Medo, 1953; Chão de espinhos, 1955; Enganoso é o coração, 1959; E é logo noite, 1963; Uma só carne, 1969; Nem rebeldes nem fiéis, 1970; é no silêncio que as sementes germinam (3? Prêmio Walmap-1973).
Peça de teatro: Areias movediças, 1951.
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